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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

CAPÍTULO 15 - O AMOR (O FINAL DE UM ROMANCE, INÍCIO DE UM GRANDE AMOR)



O silêncio ora experienciado divergi ao que tinham vivido minutos atrás. O qual, aliás, era apenas quebrado pelos ruídos do amor, ora passa a ser o mais aterrorizante. 




O SILÊNCIO…


Os gemidos de amor ouvidos naquele quarto passaram a ser tão profundo e traumático. O que ora experienciam transpunha os seus limites, vivenciam o pior de todos os tipos de violência, não só para elas, também para todos aqueles que adentrarem o quarto, que hão de se perguntar:

Será que Cláudio conseguirá o seu intento ceifar a vida de uma das filhas de seus algozes e enlouquecer a outra? Se elas sobreviverem a toda violência que estão a sofrer, será que algum dia elas voltarão ao estado psicológico que se encontravam, antes de experimentarem tamanha agressão? Será que todas as situações de violência intensa que estão a sofrer as modificarão ao ponto de atrapalhar o amor que horas atrás experimentaram?



Mas os serás terão que ficar para depois, por hora todos eles terão que reagir a tamanha barbárie a sua frente, é visível a reação de horror ao verem a situação violenta que as duas estão a viver.



Alguns que estão a adentrar o quarto vivenciam o pior dos sentimentos o da ira, mas a situação é tão perigosa, que será preciso ser frio e agir com tamanha presteza. E outros, por laços afetivos têm a vontade de exterminarem Cláudio de suas vidas, pois a barbárie que estão a presenciar. A cena por eles presenciada pairava as dos piores filmes de terror...



A REAÇÃO



O silêncio que antes era cortado pelas juras de amor, os gemidos, do amor, hora só se ouvi a gargalhada de Cláudio, os gritos de dor de Louise de Ani, ora cortado pelo silêncio cortante do temor.



E quando Cláudio começa a dar fim ao seu intento, pensando que Louise ainda estava desacordada, depois de cometer em Ani todas as atrocidades que um ser humano, ou que se diz ser, pode cometer com outrem. Depois de estapeá-la ao ponto de desfalecer

Começou a estrangulá-la.



Sem que ele percebesse Louise acorda e mesmo muito ferida consegui alcançar a arma de Cláudio e usando da força que o amor por Ani lhe proporciona, para salvá-la a aponta na direção de seu algoz.



Quando a porta do quarto é aberta, o Delegado e os policiais ao verem que Cláudio está a estrangular Ani, colocam a arma em riste. Neste ínterim Miho que saia com a filha do quarto ao lado, ao ver a cena se lembra da arma de Akihito, que tinha pegado para protegê-las entra no quarto e também aponta para ele.



Que diante da situação, não expressa nenhum sentimento, somente solta uma gargalhada bem alta e diz, em tom alto:

_ Eu sou o tal! (solta uma gargalhada).



POR FRAÇÃO DE MINUTO O SILÊNCIO



Cláudio continua a ladrar sua maldade:

_ Uma já se foi. (Outra gargalhada) A outra…



SILÊNCIO



Ouve-se um estampilho e um grito.

_ Aí…



Outro grito, agora é do Sr. Osvaldo:

_ Não!!!





Cláudio foi atingido por um tiro logo abaixo da porção esquerda do corpo, deixando exposto os seus ossos e órgãos. O impacto da bala o lança para fora da cama.



O Sr. Oswald que também portava uma arma, escondida por debaixo da blusa, a deixa cair no chão, corre em direção ao filho que agoniza ao chão e aos brandos diz:

_ POR QUE MEU FILHO???



Cláudio usa do pouco que lhe resta de força para falar com o pai, que desesperado enlaça o seu corpo lavado de sangue e rapidamente aproxima o seu ouvido dos seus lábios e consegui ouvir o que seu filho, que prevendo a morte diz.

_ Pai! (gemi)



Oswald olha para o filho, depois para o delegado e pedi:

_ Por favor, chama os paramédicos, meu filho está morrendo.



Louise grita, ainda empunhando a arma em direção a Cláudio:

_ Pai! Deixa este animal morrer.



Ao terminar a fala, corre em direção a Ani, temendo que ela estivesse morta e diz:

_ Acorda meu amor! (chora) Por favor, não me deixa mais uma vez.



Pedro ao ver o corpo da filha desnudo, se aproxima tira o casaco que estava a vestir e o coloca sobre as suas costas, na tentativa de cobrir a sua nudez, como se ela estivesse a ligar para isto. O que na verdade ela deseja é ver alguma reação, por ínfima que seja de sua amada, melhor dizendo, de sua mulher.



Enquanto a imagem era cruel e causadora de forte comoção a todos, Pedro como todo pai agiria, com muito cuidado se aproxima da filha e consegue desarmá-la. Esta por sua vez, se desespera e continua a pedir que o seu amor lhe dê um sinal de que está viva:

_ Ani! Ani! (soluça) Por favor, meu amor dê um sinal de que está viva!



Pedro tenta consolar a filha e ampará-la:

_ Calma filha!



Que chora, olha para o pai, depois para Ani e diz:

_ Preciso de você para viver!



A dor de Pedro aumenta, mas tem que ser rápido a fim de contê-la ao achar que a amada está morta, parte em direção a Cláudio na intenção de exterminá-lo da face da terra:

_ SEU DESGRAÇADO, EU VOU ACABAR DE MATÁ-L…



Pedro a contém com um abraço e diz:

_ Não filha, temos que cuidar de Ani.



Os dois se voltam em direção à cama, em fração de minuto veem duas equipes de paramédicos adentrarem o quarto. Pedro, senti o arrepio dos pelos da filha, que o abraça como estivesse a temer pelo pior.



Enquanto isto, outra equipe começa a socorrer Cláudio, que em último ato de vida, deixando uma lágrima sair de seus olhos pedi desculpas ao pai e morri em seus braços. Oswald abraça o corpo do filho e diz:

_ Quem tem que lhe pedir desculpas, sou eu filho… (chora, respira fundo e continua conversando com o filho morto, talvez a conversa que há tempos desejava ter tido com ele, quando vivo) Filho, eu sou o culpado por você acabar assim.



Mas o delegado consegue tirá-lo dali, enquanto os outros paramédicos examinar Ani e constata que ela ainda está viva, mas o seu estado expira muito cuidado. Todos se olham e suspiram aliviados.



Quando os paramédicos estão a preparar Ani para levá-la ao hospital, Márcia adentra ao quarto, se comove com o que vê, se comove, dos seus olhos saem algumas lágrimas, mas ao fitar Louise e ver o seu estado é tomada por uma força descomunal e só consegui dizer:

_ Filha, eu estou aqui!



Por sua vez Louise, não reage ao que está ao seu redor, como se fosse sinal do estado de anestesia emocional, somado ao ferimento. Márcia segue em sua direção, por certo a sua vontade é de tirá-la dali, mas ante ao seu sofrimento se cala, apenas a abraça, para ampará-la.



O estado emocional de Louise agravou-se ao ver Ani se perder dos seus olhos ao ser levada pelos paramédicos para a ambulância. Era como se Louise perdesse todas as forças, até mesmo para acompanhar sua amada, desfalece, o que faz Márcia gritar:

_ Por favor, acudam a minha filha.



Márcia a abraça, como se ela quisesse passar a sua energia para a filha, mas os paramédicos que voltaram para socorrê-la a tomam dos seus braços fazem os primeiros socorros e a conduzem ao mesmo hospital.



Nos primeiros dias, quem entrasse no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital, viria as duas ocuparem leitos vizinhos, mas adiante o velho Hayato.



Primeiro a convalescer foi Hayato, que mesmo em estado de convalesceria não deixou de visitar as duas no hospital, depois de sua alta, sobre protesto de todos. Pedro se dividia entre o hospital e o estaleiro, mas coube ao pai de Cláudio, mesmo sofrido com o fim trágico do filho, em administrá-lo.



SEMANAS DEPOIS



Louise sai do coma induzido no qual era mantido e começa a reagir, segundo os médicos que a assistia, da responsividade diminuída do mundo. Durante dias permaneceu no quarto, quieta, distante da situação, até que um dia ao ver Pedro adentrar ao quarto do hospital sai do estado em que se encontrava e pergunta aos pais por Ani:



_ Cadê a Ani???



Mesmo tonta corre os olhos pelo quarto a procura de Ani, chorando começa a gritar o nome de Ani:

_ Ani! Ani! Cadê você meu amor?



Os pais chamam o médico, depois de acalmá-la, decidem levá-las ao CTI para que ela a visse. Uma enfermeira, acompanhada dos pais, o irmão e Hayato que chegara para sua visita diária, todos muito comovidos com o despertar de Louise, daquele estado letárgico que se acometera.



Mesmo não sendo, norma do CTI, os médicos deixaram que eles visitassem Ani que continua em coma, talvez a presença de todos a ajudasse a sair. A reação de Louise ao vê-la, parecia notar a presença dos tios (pais de Ani) aos seus pés. Olhando em direção ao nada e diz:

_ Tios, de agora em diante vou cuidar de sua filha.



Louise respira fundo, seca as lágrimas que teimam sair dos seus olhos, volta a olhar para o nada, sua feição de menina sumira e todos viu nascer uma mulher. Segurando a mão de Ani, diz para todos:

_ De agora em diante sou eu a cuidar do seu, que estava ao meu lado, mesmo estando do outro lado mundo. (seca as lágrimas e continua a falar) E que minutos antes…



Pedro a interrompi:

_ Filha, eu não preciso…



A mulher, com corpo de menina, diante dos seus olhos o interrompi e continua a falar:

_ Pai, por favor, eu preciso contar a vocês, pois não vejo erro dois seres ao descobrirem que se amam se entregarem a este amor.



Todos se olham, como se soubessem, o que há tempos elas relutavam entender, talvez eles mesmos, mas estavam diante de um amor, que ninguém tinha o direito de proibi-lo, ou contestá-lo, em razão de tudo que viveram até o presente momento. Até porque, Louise não está pedindo a aprovação de ninguém, apenas os comunicava.

_ Nós ainda, vamos superar tudo vivemos e seremos felizes, juntas.



Mesmo que em seus íntimos existisse algum preconceito, ou medo pelo que elas passarão perante a sociedade. Olharam-se um para o outro, inclusive, Hayato e a abraçaram. Por instantes, os que ali estavam, sentiram um vento leve, como se estivessem a participar daquele abraço.



Dias se passaram, o quadro de Ani passou a apresentar uma melhora, até que os médicos, que a removeram para uma sala reservada, fizesse uma comunicação.

_ O quadro da paciente teve uma melhora, que nos dá a chance de aos poucos ir tirando a sedação.



Louise não deixa o médico acabar, beija suavemente a testa de sua amada e diz:

_ Viu meu amor, logo, vamos para a casa.



Os outros sorriem e concordam, mas o médico continua a dar o parecer médico da manhã:

_ Até porque, no último exame de sangue, como suspeitávamos nos faz mudar todo o seu tratamento, pois o seu estado expira cuidados, com a medicação intravenosa.



Louise atenda a tudo, pergunta:

_ Estado, o que os Senhores querem dizer?



Eles fitam os olhos de Louise e dizem:

_ Mesmo tomando a pílula do dia seguinte e os medicamentos que ministramos, a paciente está grávida.



Louise entontece com a notícia, mas em questão de segundos recobra a razão, olha para a amada, passeia as suas sobre os seus rostos até chegar à barriga e por minutos incontáveis ali permanece, pedi uma cadeira e silencia. Os demais respeitam o momento, Pedro sai e liga para Oswald que se encontra no estaleiro:

_ Osvaldo, eu preciso que venha ao hospital imediatamente.



Certamente entendera o olhar da filha, Oswald por sua vez o indaga:

_ Pedro, por favor, adiante o motivo de minha ida. Por acaso, aconteceu algo com Ani?



Pedro responde:

_ Não! Mas é preciso que venha até aqui.



Pedro desliga e volta para perto dos outros, que ainda permanecem calados… até que, Louise beija a testa de Ani, sorri, olha, para os outros, inclusive, para Oswald que adentrava e diz:

_ Por mim, este bebê será criado com todo amor, aliás, pra mim ele foi gerado quando nós entregamos uma ao amor da outra.



Olha para todos, volta a beijá-la e continua a falar:

_ Mas devemos esperar Ani acordar para decidir.



Os médicos a interrompe:

_ Mas existe um tempo para interromper a gravidez. O que vocês decidem?



Mais uma vez Louise tomou às vezes dos presentes e diz:

_ Doutor, eu tenho certeza de que o meu amor decidirá por nosso filho, mesmo que não mais seja possível interrompê-la, cuidarei com a ajuda de todos dos dois.



Nos olhos, mas, ao mesmo tempo, eles estavam impressionados com Louise, temerosos com a situação e por tudo que estava por vir, não tiveram como contrariá-la.



Louise continua a falar:

_ Até porque, os meus tios, no plano que eles estiverem nos ajudarão a cuidar do seu neto ou neta, que tanto sonharam ter em vida.



Oswald olha para ela, com tamanha admiração, a menina que meses atrás vira no estaleiro fugindo de todos, que fora vitimada por seu filho, que por acaso seria o pai da criança, decidir pela vida do fruto do seu algoz. Mesmo temeroso, olha para ela e diz:

_ Sei que não tenho o direito de falar nada, mas se for preciso largo tudo para ajudá-la.



A notícia da gravidez de Ani poderia ter causado uma dor tão profunda que a mergulhasse de novo no estado de anestesia emocional que se encontrava. Mas ao contrário expulsou de sua mente o sentimento de raiva e dor profunda que lhe atingira transformou-se em uma força descomunal para voltar a ser feliz com Ani e agora existia uma criança, que não tinha culpa dos atos cometidos por aquele ser depreciável, que força da circunstância seria o pai. Aliás, quando a isto Louise estava certa, que ele será apenas o doador do sêmen.



O TEMPO



Os meses passam na proporção da gravidez de Ani, nesse período a sua reação ao estado letárgico, que também fora acometido. A recuperação das feridas externas se esvaiu com o tempo, mas a interna estava a ser lenta e dolorida, em todos os momentos foi acompanhado por Louise, que para todos tinha assumido o papel de sua mulher.



Mas contou com a ajuda de todos que a rodeavam, inclusive, de Oswald e de todos os funcionários de suas empresas e dos amigos do Japão. Até mesmo, com a presença dos poucos parentes que existiam, primos distantes dos seus pais, aquela gravidez era a esperança de um novo tempo.



Louise agia pelos três, uma fêmea a defendê-los, eram as lágrimas e sorrisos de Ani, nas ultrassonografias, aliás, fez questão de documentar todos os momentos. Até mesmo, quando a médica constatou que não era uma e sim três fetos, tudo gerava em torno dos bebês e de Ani, por vezes esquecia até de comer.



A menina que Ani tinha brigado no estaleiro no dia que chegara do Japão para assumir o estaleiro e os demais bens herdados. A jovem mulher que o amor e ato de amarem-se pela primeira vez a transformou. Ora é a mulher que é a cuida de Ani, seus filhos e a casa de seus tios, independentemente de sua idade cronológica.



O que aos olhos de todos e da sociedade, mesmo que por vezes, ouvia alguns impropérios, ou eram apontadas nos lugares públicos que adentravam, para muitos era motivo de orgulho e respeito. A cumplicidade que existia nos olhos das duas, mesmo no de Ani, que era demonstrado entre lágrimas e alguns sorrisos perdidos.



Pedro, Márcia e o filho foram morar no casarão de Akihito, Oswald passava mais tempo lá do que em sua casa, Hayato e seus familiares continuam a trabalhar para elas, assim, não estiveram sós em nenhum momento, a não ser no quarto, que era dos seus tios, por ser o maior.



Aliás, nesses últimos meses a casa que ora é das duas, passara por uma completa reestruturação administrada por Louise, necessária para receber os três rebentos. Até que elas pudessem seguir a vida com os filhos, claro que com a ajuda das babás escolhidas por elas pessoalmente, dos avós, do tio e da família de Hayato. E como os seus pais as criaram no estaleiro, junto com os filhos de seus funcionários.



Nesses meses nada fora as mil maravilhas como romanceados, ou nas histórias de reis e rainhas contadas nos livros de histórias. Nesse ínterim, por vezes no silêncio da noite, ao olhar a sua mulher perdida em seu mundo, o mesmo que ainda o mantinha, o qual se esvai dia a dia. E mesmo em alguns momentos, no qual ainda vivenciava a sensação de impotência e fracasso que fora acometido no fatídico dia.



Louise estava ao seu lado em todos os momentos para ampará-la e ajudá-la, em outros, principalmente quando estavam sozinhas no quarto, diante de sua nudez, ou do banho no qual o seu desejo falava mais auto e extravasa em gestos mais ousados, Ani correspondiam e amor ditava o gesto a seguir. Nos quais reiteradas vezes o amor sucumbiu o sofrimento e através das carícias, dos gemidos, das declarações de amores trocadas aflorou com a mesma força da primeira vez.



Outras vezes a lembrança daquela noite, os olhares e as gargalhadas de Cláudio, o silêncio gritante do quarto e o barulho do tiro que o feriu de morte a visitava, mas ela lembrava que em meio a toda maldade que tinham sofrido, os filhos gerados era a esperança de novas vidas. Aliás, com relação a sua morte foi constatado com a perícia, especialmente o exame de balística, que o projétil que o atingiu fora o da arma do delegado.



O NASCIMENTO DAS CRIANÇAS



Antes do dia agendado para o nascimento dos bebês, Louise dormiu depois de banhá-la, cai na cama cansada e pegou no sono fora acordada por Ani:

_ Louise acorda!



Louise desperta assustada:

_ O que foi meu amor?



A mulher aflita e já sentindo as primeiras contrações, fita os seus olhos, pega a sua mão, aperta e fala assustada:

_ Louise, eu estou toda molhada.



Ainda tonta de sono, se levanta e vai ao armário pegar outra muda de roupa de cama, uma camisola e lingerie, quando levantou o lençol, viu que era a bolsa da esposa que se rompera.

_ Ani! Amor! A sua bolsa rompeu.



Assustada Ani pedi que ela se acalme:

_ Louise, por favor, se acalme.



Mas o nervosismo comum aos pais, em seu caso, as mães de primeira viagem tinham acometido Louise:

_ Amor! A bolsa! Nossos filhos!



Sai desesperada a acordar todos!

_ Acordem! A bolsa!



Como sempre Pedro foi o primeiro a despertar, com um sorriso no rosto:

_ O que é menina, não se pode dormir nesta casa.



Pedro brinca, mas se dirige ao quarto, depois todos despertaram e em vez de socorrem a parturiente, começaram uma bagunça generalizada. Coube a Miho, certamente por ser a mais velha de todos, de acalmá-los:

_ Se acalmem que terá os bebês e a Ani.



Dá uma risada e continua a falar:

_ E são três bebês loucos para saírem. Então vamos respirar fundo e tratar de levá-la ao hospital.



E foi o que fizeram sem antes Pedro repetir tudo o que fizera do nascimento da filha, mesmo que desta vez ele estivesse acompanhado de várias pessoas.



Louise deixa a casa amparando Ani em seus braços, que segura a sua mão e a cada contração a aperta com força.

_ Ai! Isto dói.



Ao ouvi-la, sorri, mas nervosa não presta atenção, como Ani reagi ao nascimento dos filhos. Louise entra no carro, pedi para o pai ir para o hospital, os dois saem deixando o resto do pessoal, especialmente Ani. Quando dobravam a esquina, Pedro olha para trás, dá uma gargalhada e diz:

_ De novo, esqueci a pessoa mais importante Ani.



Manobra o carro, depois olha para a filha, solta uma gargalhada, quando chegam à frente da casa Márcia e Ani os esperavam, os demais já tinham seguido para o hospital, só restando as duas. Ela ao olhar para os dois, também solta uma risada alta e diz:

_ Novamente!



Pedro sorri e diz:

_ A Pãe é ela! Eu sou apenas avô.



A filha olha para eles e diz:

_ Pai, Mãe vamos embora, ou querem que o seu neto, nasça na Rua.



Márcia ajuda Ani entrar no carro troca de lugar com Louise, está vai ao banco de trás amparando a esposa e coitada quando chegou ao hospital sua mão está doendo de tanto ser apertada pela da esposa, que permaneceu quieta, durante todo o percurso. E não fugindo, de todas as famílias os esquecimentos, os erros de percurso de casa ao hospital.



Até mesmo quando entrarem no hospital, Ani foi mais uma vez esquecida no carro por todos, coube a Louise volta para buscá-la acompanhada de enfermeiros:

_ Ani! Mil desculpas.



Ao ouvi-la Ani, dá sinais de que tinha recobrado todos os seus sentidos e volta a ser mandona como sempre fora.

_ Calma mulher! (dá um sorriso) Aliás, que eu saiba (sorri alto) quem vai parir sou eu.



Louise perplexa esquece por fração de minuto o motivo de elas estarem à frente do hospital, fita os olhos da amada e diz:

_ Ani! Ani você…



Que usa de as forças puxa a esposa para si, beija e declara o seu amor, como se não houvesse mais ninguém ali, nem mesmo os enfermeiros:

_ MEU AMOR!



Que sorridente, respira fundo para suportar as contrações, mesmo sentindo dor, fala em tom alto:

_ MINHA MULHER! MINHA ESPOSA! MINHA AMADA!



Os enfermeiros, mesmo sobre protesto das duas, as afastam e começam a levá-la para dentro do hospital.



Ao entrarem são seguidos pelos demais e uma funcionária da administração, Louise para se volta para mesma presta todas as informações, assina a entrada e vai direto para o centro cirúrgico. Lá chegando é recebida por um dos médicos da equipe, que por sorte se encontravam no hospital.

_ Dona Louise a Senhora sabe que será um parto trabalho, diante do estado de sua esposa pode ter algumas complicações. A Senhora tem certeza de que o assistirá?



Louise responde:

_ Doutor, se for pelo seu estado de anestesia emocional, garanto ao Senhor, que ele foi embora, junto com o líquido que saiu da bolsa ao romper.



O médico a questionou:

_ O que?



Sorridente ela conta ao médico:

_ Doutor a minha mulher voltou a ser como era antes, a mandona de sempre.



Quando ouve da sala de parto, Ani começar a chamá-la e dar ordem aos enfermeiros. Com um sorriso expressado de ponta a ponta diz:

_ Doutor é melhor irmos, senão a sua equipe debanda da sala.



O médico, a conduz até a antessala, pedi à enfermeira que a prepare e adentra ao centro cirúrgico, para começar os procedimentos e conter a paciente:

_ Podemos começar o procedimento.



Agitada Ani se nega a começar, sem a presença da esposa:

_ Só começa com a presença de minha mulher.

Louise adentra ao centro e consegue acalmá-la:

_ Calma! Tudo dará certo, os nossos protetores estão aos nossos pés.



Ani começa a se entorpecer com a anestesia, depois de todos os procedimentos de segurança, começa a cesariana. Acompanhada em todos os passos por Louise, que indicava a enfermeira da equipe para filmar o parto. A cada bebê retirado do ventre da esposa era comemorado pela esposa.



TRÊS CRIANÇAS. TRÊS ESPERANÇAS DE UM MUNDO MELHOR.



A emoção de Louise soltou aos olhos quando viram os três filhos chorarem e o médico dar por encerrado o procedimento. E mais uma vez Ani demonstrara ser uma guerreira, que já despertava da anestesia:

_ Louise! Cadê o meu filho?



Ela sorri e diz:

_ Um filho e duas filhas!



Assustada retruca:

_ Três!



As enfermeiras trazem os bebês para que elas vissem, por alguns segundos, depois os levam para as incubadoras, como procedimento padrão:

 _ Olhem os seus filhos!



Os olhos das duas se enchem de lágrimas, olha atentamente cada bebê, depois as enfermeiras os levam para as incubadoras, elas permanecem quietas e se entreolham por alguns segundos, como se uma declarasse a outra o seu amor. São despertas por um enfermeiro que estava ali para levá-la ao quarto, no qual todos as esperam.



Louise os acompanha até o quarto, ao adentrarem ela diz:

_ Nossos filhos são lindos, não é minha mandona preferida.



Todos trocam olhares entre si, sem entenderem cabendo a Ani mesmo entorpecida pela anestesia:

_ Vocês não vão me cumprimentar. Pedro, Márcia estão ficando velhos já são avós.



Os dois não se contêm, vão a sua direção para abraçá-la, mas Ani fica a frente, os demais riem.

_ Vocês dois nem ousem abraçar a minha mulher, ela acabou de ter três filhos.



Todos caem em uma gargalhada, mas são advertidos pelo enfermeiro:

_ Se vocês não ficarem quietos, vou ter que retirá-los do quarto.



Louise continua os advertir:

_ Por favor, ou vocês ficam quietos, ou vão todos para a casa sem conhecer os nossos filhos.



Por horas o silêncio impera no quarto, depois de certificar que a esposa estava bem, os levou até o berçário para que pudessem ver os filhos. Mas em razão deste estarem nas incubadoras, só puderam vê-los de longe. A emoção tomou conta de todos, que se abraçaram e comemora a vitória, o renascer através daquelas crianças momentos de paz e felicidades.



Voltaram para o quarto, ali permanecem por mais alguns minutos, Márcia ainda se oferece para ficar, mas Louise não aceita:

_ Louise, vai descansar. (sorrir, fita os olhos da filha e continua a falar) Minha menina que tanto me orgulha, que acaba de se tornar mãe, ops… PÃE de três filhos de uma vez.



Pedro com os olhos banhado de lágrimas, a abraça e diz:

_ Minha filha, como A AMO.



O irmão, meio sonolento diz:

_ Pai, mãe vamos embora estou com sono. (sorri) Os meus sobrinhos são lindos, minha irmã (a beija) e a minha cunhadinha linda estarão aqui de manhã.



Todos sorriem…



Oswald em brandos, não consegue falar, apenas as agradecem:

_ OBRIGADA, MINHAS FILHAS.



Louise o abraça e diz:

_ Você o VOVÔ, mas babão.



Entre sorriso e lágrimas continua a falar:

_ Tenha a certeza disto.



Então escuta de Ani, o seguinte:

_ Oswald você terá em nós, as filhas que nunca teve.



Ao ouvi-la ele não consegue dizer mais uma palavra, apenas balança a cabeça assistindo dá um beijo na testa de cada uma e deixa o quarto.



Hayato e Miho antes de saírem com lágrimas nos olhos fazem uma promessa às duas:

_ Minhas meninas, nós as vimos crescer. Prometemos a vocês que cuidaremos de seus filhos enquanto vivos formos.



Louise brinca com os dois:

_. Meus japas preferidos, eu os amos dando e sei que Ani nutre o mesmo sentimento por vocês (sorri, beija o seu mestre e diz). Meus filhos têm muito que aprender com este velho, Miho.



Os dois saem sorridentes, por últimos, não menos chorosos que os pais Cintia e Haruki, que as beijaram, aos saírem dizem:

_Vocês são como a nossa família, estaremos sempre juntos.



Louise brinca:

_ Aliás, vocês tratem logo de me darem sobrinhos, para encher a casa de crianças.



Ao ficarem sozinhas, ficaram por alguns minutos silentes como se elas assimilassem tudo o que estava acontecendo, Ani abre os seus braços. Louise se entrega aquele abraço, voltam a se abraçarem, se beijam, ficam deitadas uma ouvindo o que o coração da outra queria falar e vice-versa. Assim, dormirem até serem acordadas por uma enfermeira, que feio a medicar.



A pedido desta, sobre protesto de Ani foi dormir no sofá-cama, às seis da manhã a enfermeira trouxe a menina para mamar. Preocupadas perguntam pelos filhos:

_ Cadê os meus filhos. Por que eles não vieram?



Louise acorda assustada e repete a pergunta:

_ Cadê os meus filhos. Por que eles não vieram?



A enfermeira ri e diz:

_ Por favor, se acalmem. Vim trazer está mocinha, porque ela está tão bem que já saiu da encuba Dora e está com tantas saudades das mães, que não deixa os outros amigos dormirem. Louise sorri e fala:

_ Nossa estou lascada! Está é mandona igual à mãe.



Ani e a enfermeira tão uma risada, depois ela fala para as duas:

_ Está mocinha vai ficar no quarto com vocês, voltarei à tarde.



Louise pega a filha no quarto e diz:

_ Qual o nome que nós lhe daremos.



A mulher pensa repensa e diz:

_ Meu amor, eu queria lhe dar o nome da minha mãe, mas ela foi uma guerreira, podemos chamá-la Vitória.



Louise olha para as duas, beija, volta a olhar para filha, balança a cabeça e diz:

_ Lindo! A pega no colo. (beija a cabecinha da filha e diz) BEM VINDA AO MUNDO VITÓRIA!



Emocionada coloca a filha deitada na barriga da mãe, puxa a cadeira senta e se perde naquela imagem. Por vezes ela sussurrava para as duas, o quanto as amavam. Até o reloginho biológico de Vitória dar sinal de fome e as despertá-las com um choro estridente:

_ Nossa, a enfermeira estava certa, a menina tem personalidade mãe.



Fala isto dirigindo o olhar para a esposa, sorri lindamente, pega a filha no colo, que imediatamente começa a dar sinais de fome, pois busca os seios de Louise:

_ Mamãe, a nossa Vitória está com fome (sorri). Calma filha, você igualzinho à mãe, vai sedenta buscar os meus seios.



Ani ao ouvi-la solta um riso e diz:

_ Menina esperta! (Pisca para outra mãe e solta um gracejo) ela sabe o que é bom.



A esposa retruca:

_ Enquanto isto a mamãe aqui, está incapacitada de mamar nos seios que tanto amo.



Louise se aproxima da mulher, busca os seus lábios e quando vai beijá-la, a bebê chora:

_ Poxa filha, a mamãe só estava a dar uma bicota na mulher que tanto amo, que por acaso é a sua mãe (sorri).



Sorri e diz:

_ Está bem! Está bem!



Coloca a filha cuidadosamente ao lado da esposa, dá um selinho na esposa, se dirige a bancada umedece e o limpa seio, ela dá uns cinco passos, com um olhar de contemplação, que já a espera com os seios expostos. Que ao ver tal imagem, não se controla e diz:

_ Como eu os amos!



O bebê começa a chorar, Louise faz um biquinho fingido está contrariada com a filha, começa a limpar o seio, dizendo:

_ Eu só vou emprestá-lo a você, fique sabendo que eles têm dona (ri e pisca para a esposa) a mamãe aqui.



Ani solta uma gargalhada e fala pegando a filha no colo:

_ Perdeu mamãe! Perdeu mamãe! Eles agora são meus e dos meus irmãozinhos.



Contrariada diz:

_ Eles que vão se achando donos! Vou deixar enquanto eles estão interditados! Mas eles são meus, só meus!

Em meio ao desconforto da primeira mamada Ani brinca com a esposa:

_ Minha bebezona!!! Vem! Ainda sobrou um seio para você.





Louise solta um sorriso alto, o que fez a filha resmungar:

_ Olha! Como é igualzinha a mãe!

  

  (risos) A filha continua a resmungar até elas se calarem, mas o silêncio dura pouco, pois logo o quarto é invadido por todos os familiares. Mas logo a bebê reclama da balburdia que estão a fazer. O que faz Pedro exclamar:

_ Olha! Igual às mamães!



Todos sorriem, sobre protesto de Louise e da filha…



Os dias passam, Louise e Ani deixa o hospital somente com Vitória, pois os filhos permanecem no hospital, até ganharem o peso necessário para terem alta. Durante esse período Ani e Louise dividiam os cuidados da filha, com as babás, sob a supervisão de todos. Foram dias de lágrimas quando os deixavam no berçário e de alegria com cada peso adquirido pelos filhos.



FINALMENTE FAMÍLIA COMPLETA



Chega o tão sonhado dia, deixam a casa e rumam para o hospital com a certeza de que dias melhores virão. Depois de algumas horas com a pediatra, uma vez que um dos meninos em razão dos remédios que Ani tomará na gravidez nascera com um problema cardiológico, mas nada tão grave que meses de tratamento não corrija.



Deixam o hospital com os filhos no colo, nestes dias de sufoco tiveram a ajuda de outro anjo Marcos, que passa integrar a “grande família” que se formara, com a situação de violência intensa que as duas sofreram. Mas para elas era coisa do passado, pois em meio a toda violência do evento, as marcas invisíveis que ficaram em todos, especialmente nelas, o saldo ainda foi favorável a todos, os uniu, além de gerar os frutos que estão em seus colos, Ani formou a família que tinha perdido com o tsunami.



Uma família, aliás, consolidada no amor, companheirismo, na cumplicidade, entre elas e os demais que as rodeiam. Quando adentram a casa foram recepcionadas por todos que as amavam, nos quais se fizeram presentes muitos funcionários, mas tinha representantes de todas as empresas, de todos os amigos, dos médicos, enfermeiros, dos seguranças, dos policiais, do delegado que as salvaram dos únicos familiares de Ani que vieram do Japão, de amigos, sem que elas soubessem.



Para a surpresa das duas, Pedro, Márcia e companhia tinham preparado no jardim da mansão uma festa de casamento, por isto a demora no hospital, no percurso de volta, a entrada pelo portão de serviço, até o fato de Marcos está vestido de rouba social. Com relação a este separado, começara a se relacionar com Cintia e foram escolhidos pelas duas para serem padrinhos de Vitória.



Cabe a Ani, já que Louise abobalhada perde a fala, questioná-los o porquê de tudo aquilo:

_ O que vocês estão a aprontar?



Pedro muito sério a responde com outra pergunta:

_ Vocês duas acham, que as deixariam viver sem estarem casadas? Ou a Senhorita Ani vai se relacionar com a minha filha, sem oficializar este casamento? (sorrir)



Márcia completa a fala dos dois:

_ Vocês me deem os meus netos, pois tem 20 minutos para se arrumarem, Miho as levou cada uma para um quarto, no qual encontrarão tudo para celebrarem com seus filhos este casamento.



As duas uníssonas, com lágrimas nos olhos os agradecem e sobem as escadas acompanhadas por Miho e Cintia:

_ OBRIGADO!



Ao chegarem ao segundo pavimento da mansão cada uma foi para o quarto, Miho ficou responsável por Ani e Cintia por Louise. Surpreenderam ao entrarem nos quartos tinha uma equipe para arrumá-las, um vestido branco para um exposto em araras, com todos os acessórios. Não tiveram tempo para nada, as banheiras com banho de espuma, mas não tiveram tempo de aproveitá-las, cabeleiras, manicures, costureiras para ajustar o vestido.



Enquanto isto, os convidados acabam de chegar se acomodam silenciosamente no Jardim, todos emocionados com a celebração da felicidade das duas. Em um canto, preparado um altar e um telão, o responsável pelo cartório já aposto.



A CERIMÔNIA



Os filhos entram com o irmão de Louise, mas em razão do barulho, logos são levados para um lugar reservado para eles e as babás. Em sequência os padrinhos, os quais eram todos os componentes da família, surgida após a violência por elas sofrida: Oswald com Cristina, com quem há anos mantinha um relacionamento velado, com medo do filho; Haruki com a secretária de Ani, sua namorada há mais de 02 anos; Cintia com Marcos que começaram a namorar.



Minutos depois surge Ani o vestido escolhido por Márcia, longo, de seda, com um decote não tão profundo, as costas nuas, uma sandália alta forrada com o mesmo tecido, um buquê de flores de mines orquídeas amarelas, uma maquiagem suave, com cabelos soltos, conduzida por Hayato e Miho, que não contêm a emoção, por estar a fazer às vezes dos velhos amigos e patrões Akihito e Mie.



E por fim, surge Louise, o vestido escolhido por Márcia, curto, de renda, com um decote não tão profundo, que deixa em evidência as pernas longas e torneadas, uma sandália alta forrada com a mesma renda, um buquê de flores de laranjeira, uma maquiagem suave, no cabelo um coque, conduzida por Pedro e Márcia que esbanjam felicidade.



 Por acaso a cerimônia ocorreu em novembro, mês 11, o qual representa o número de sorte no Japão, o jardim muito bem cuidado, todas as plantas floridas e as árvores muito bem podadas, na área reservada para a cerimônia, cadeiras incolores, enfeitado com flores de laranjeiras e microrquídea amarelas, as mesmas flores do buquê das noivas.

A cerimônia foi acompanhada pelo melhor quarteto de cordas do Rio de Janeiro, a entrada dos filhos e do irmão de Louise com o fundo musical de Harold Arlen e E. Y. Harburg – Somewhere Over The Rainbow; os padrinhos com a música de Milton Nascimento e Fernando Brant - Amigo; Ani com a música de Kikujiro – Summer; Louise com a música de Garofalo/Monti/ Vicenzo Giuffré, Giannino Gastaldo/ Edgard Poças - Se Enamora;



Na hora das alianças Pedro, Márcia e Oswald dão a volta, pegam os netos, com o fundo musical de Toquinho e Mutinho a música O Caderno. Pedro é o primeiro beija o neto, depois a aliança, a mão da comadre, amiga/irmã, a mulher que está a entregar a filha Ani, em sequência coloca a de Louise em suas mãos; Márcia beija a neta, depois a aliança, a mão de Louise, em sequência coloca a de Ani em suas mãos; Oswald beija o neto, depois dois cordões de ouro branco, com três pingentes de bonequinhos (dois meninos e uma menina), os entregam nas mãos das noivas.



Miho e Hayato trazem um álbum de retrato, no qual a primeira foto era de Akihito e Mie carregando Ani (bebê) no colo, a segunda de Pedro e Márcia carregando Louise (bebê) no colo; a terceira era uma foto de Ani no Centro Cirúrgico recebendo Louise em seus braços; a quarta era de Ani e Louise em outro Centro Cirúrgico recebendo os três filhos em seus braços; a quinta dizia a história continua…



Na hora das alianças, uma beijou a aliança e colocou-a no dedo anelar da outra; nas alianças continha os nomes português e japonês. Durante a troca das alianças o fundo musical era de Robert John Mutt Lange / César Menotti – You've Got A Way (Shania Twain).



Nos votos Ani muito nervosa, diz:

Não tenho palavras para traduzir o que representa em minha vida, o que descobrir a me entregar a este amor é tão vivo, que não sucumbiu a nada, ninguém e diante de todos eu prometo mantê-lo, como os meus pais, que estão em nossos pés, por todo sempre.”



Louise emocionada diz:



Não tenho o dom da palavra como você, nem tão pouco o brilho olhar que está tatuado em minha alma, mas ao me entregar ao amor que vive em nós, não sei onde eu começo e você termina.”





Mais uma vez são surpreendidas pelo contrato de casamento no qual uma passou a usar o sobrenome da outra.



No fim da cerimônia, um presente deixado por Akihito e Mie uma gravação caseira realizada meses antes do Tsunami em que foram vitimados, a qual estava endereçada as duas, que ficou lacrado e que só poderia ser aberto e exibidos, em caso de suas mortes. Talvez, em razão das ameaças de Cláudio ou por terem previsto que algo lhes aconteceria, mistérios da vida. O que importava que Pedro fizesse cumprir a última vontade deles.



Pedro pediu que as filhas sentassem, ele os coloca em seus colos, Louise com os dois filhos e Ani com a menina, então pediu que ela tirasse o lacre do envelope, no qual tinha duas flores de pessegueiros secas pelo tempo e um DVD. Ele pega-o e entrega ao DJ que o exibe em um telão: Filhas vocês verão toda a nossa história fiquem calma será rapidinho, parece cenas da ilha de Fukushima em toda a sua plenitude, os seus avós, parentes, a vila, na qual eles moravam e as empresas, especialmente a primeira, depois o Brasil, o estaleiro como fora por eles adquiridos, inclusive Oswald aparece, Pedro e Márcia, as crianças no pátio da escola, o nascimento de Louise, de seu irmão e das duas todas elas por eles gravadas fizeram questão de terminarem com as duas se entreolhando.



A segunda parte eles caminham pelo pátio do estaleiro sentam em um banco, pode deixar Ani será rapidinho (ouvem-se risos):

Bem, vocês duas devem estar se perguntando o que estes dois velhos falarão. Mas achamos necessários meus raios de Sol, que vocês ouvissem o que eu e Mie temos a falar: No momento em que vimos o brilho no olhar de Ani ao te ter recém-nascida em seu colo. Como o jeitinho que você abriu os seus olhos tão pequeninos e se aninhou em seu colo, sentimos que uma tinha nascera para outra. Por isto, ao se separem, com a ida dessa cabeça dura para o Japão, seriam como a folha do pessegueiro plantado por vocês secariam e só resplandeceriam quando juntas estiverem. Mas não nos cabe mudar o rumo de suas histórias, nós sempre estaremos lado a lado com vocês.



Eu e Mie, desejamos que vocês sejam como nós dois, cabe a Mie dizer a frase: Não sei onde eu começo e nem quando termina você.



Antes de terminar: Quero ver correndo pelo pátio do estaleiro muito fruto deste amor.



O silêncio, cortado pelas lágrimas de todos os presentes.



Elas se olham, beijam os filhos, Ani diz os primeiros estão aqui Pai e Mãe, depois virão os da minha mulher, o meu pequeno raio de Sol Louise, vocês estão a nos abençoar e estarão como agora aos nossos pés. (respira fundo e diz) Como eles acabaram de falar e você falou nos votos:



        “NÃO SEI ONDE EU COMEÇO E NEM ONDE TERMINA VOCÊ.”

 

O DJ emocionado deixa como fundo musical deste amor à música de Charles Aznavour – SHE.
 
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NOTAS FINAIS:
CIENTE QUE:
* Não autorizo a reprodução (publicação) do todo ou de parte do texto ou do poema acima, em qualquer tipo de mídia quer expressa, falada ou digital, inclusive por PDF ou download sem o meu consentimento;
* Não autorizo que o texto ou o poema acima sofra qualquer tipo de adaptação, quer em língua portuguesa quer em estrangeira.


AGRADECIMENTOS

Primeiro, peço-lhes desculpas pela demora em terminá-lo, mas foi preciso. Como também fora preciso reescrever os primeiros capítulos postados no extinto site do abcLES e no Livre Arbítrio, não fugindo da história original. Devo confessar que os últimos capítulos foram escritos, por inúmeras vezes, até ter coragem em postá-los.

 Queria agradecer a minha amiga Elianna K Marques, com quem comecei a escrever o romance, mas o corre da vida atrapalhou que ela me desce a lisonja de continuar a dividir comigo está história. As minhas amigas Lia, Nay Rosário, Joi Raposa, Rosana Lima Silva, Janis Santos, Sheila Bento, Luciene Ribeiro, LC Lucas, Ana Paula Rodrigues, Lalinha307, Katia Castelo Branco e outras, tão iguais, as aqui nominadas por me apoiarem.



 
Dedico a você, que me impulsionou a voltar escrevê-lo e terminá-lo.

 

Juro não saber onde eu começo e termina você, meu raio de SOL!


3 comentários:

  1. Amiga estou sem palavras 😢😢😢😢😢, agora entendo quando me contou que terminou esse trabalho chorando. "Janis chorona, manteiga derretida kkkkk". Simplesmente magnífico.
    Parabéns B. Desejo que tenhas sempre inspirações para trabalhos maravilhosos, muita Paz e Amor.
    Obrigada pela dedicatória, estarei sempre aqui e em todos os canais possíveis acompanhado seus trabalhos que são simplesmente brilhantes.

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  2. Nossa! Maravilhoso, estupendo, magnífico, ... querida Btse, não tens noção do quanto este último capítulo me tocou o coração. Me espanta, e muito a identificação de passagens de sua obra, maravilhosa, com minha vida. É surreal... incrível! Adoro a forma como escreves, te suplico que não nos abandone, que se inspire cada vez mais, para continuar a contar "mesmo que de forma inconsciente, trechos de nossas vidas". 👏👏👏

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  3. ~*Parabéns amiga por mais um trabalho!Com uma simplicidade natural você abordou temas conflitantes e que fazem parte da vida de muitas pessoas.Na sua vertente de escrita como sempre ardente e viceral a busca,querendo sempre ser feliz no amor e no ato de amar.*~
    Um abraço fraterno e ComDeus* amiga querida!🙏🏼✨

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